sábado, 25 de dezembro de 2010

Sem sentido.

Gostava de te ter visto hoje. Gostava de ver se ainda tens aquele olhar que era só meu.
Aquele que eu admirava vezes sem conta, entre todas as palavras que me dizias e que deixavam
de fazer sentido nesses momentos. Tu nunca fizeste sentido, mas e' disso que eu gosto... De coisas sem sentido.
Gosto desta dor que cada vez parece fazer mais parte de quem eu sou, agora sem ti.
Também acho excelente o facto de ainda conseguires ter algum efeito em mim.
Definitivamente, não existe algum sentido nisso, muito menos no facto de ainda te querer ao meu lado.
E no meio disto tudo não gosto de te amar, e amar-te tem todo o sentido para mim.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Um dia.

Acho que nada será igual. Custa-me encarar isso porque não consigo viver algo que
não seja o mesmo que vivi 'ontem'.
Já estava tão habituado ao teu perfume que me queimava o peito e me arrepiava os
cabelos da nuca. (Sentes a arrepiar? Imagina eu.)
A tua voz era a única coisa que se fazia escutar entre tantas outras coisas.
Ás vezes falo de ti e dizem-me para esquecer. Claro, eu sei disso. Mas mesmo assim
gostava que não dissessem algo que me custa ouvir, mas sim algo que quero ouvir ao invés do
que preciso de ouvir. Mas parece que ter o que gosto é agora impossível.
Um dia vou conseguir escrever algo e não me lembrar de ti.
Um dia... Mas até lá, sinto tanto a tua falta.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Momento

Quando as tuas costas foram a última imagem que vi, naquele dia em que caminhaste com passos firmes em direcção ao local ao qual chamas casa, eu perdi o rasto daquilo ao qual eu chamava casa.
O caminho que percorri desde então tem sido apenas uma forma de matar o tempo. Embora as pernas doam e seja verdadeiro o facto de ter andado durante horas infinitas, volto sempre ao ponto de partida, na esperança de te encontrar lá para que te possa chamar 'casa' novamente. Mas tudo o que encontro é nada. As costas foram viradas e a luz não está aqui. Nunca pensei que morreria na tua sombra.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Caminho errado.

Porquê que enquanto anoitece ainda sinto que este não é o caminho que devia ter seguido? Tenho sempre a sensação de que devia ter pisado outro chão - o teu chão.
Acredito que o local onde este caminho acaba é tão vazio como o meu olhar o é agora. Talvez devesse ter aberto os olhos na altura certa. Acho que mesmo tendo visão, não via o que mais precisava de ser visto. Daqui para a frente, posso aprender a amar o que me é dado, mas nada será como o que amo por natureza. Nada será tão louco e descabido; nada causará tanta dor e prazer; nada terá o mesmo efeito descomunal sobre mim... Nada será o que e quem és.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Perguntas (?)

Detesto olhar para esta página e ainda vê-la em branco. Como é possível ser
tão difícil escrever enquanto tenho tanto para dizer?
Mas, que posso eu dizer? O mesmo de sempre? O mesmo que acontece vezes
sem conta? Digo que o ardor no meu peito corta-me a respiração e que
os gritos que solto, mesmo sem fôlego, são o teu nome? Digo que este caminho está
tão despedaçado e perigoso por já não caminhares comigo? Que, com tantas coisas nas quais
poderia pensar, és apenas tu quem aparece vezes e vezes sem conta na minha cabeça?
Raios. Após tanto tempo, pergunto-me: Qual a razão pela qual escrevo? Se o que escrevo é dirigido
a ti e sei, com todas as certezas, que será mais uma das coisas que não leste?
Porque razão devo repetir tudo de novo se serão apenas palavras jogadas ao ar?
Qual o motivo de existir só para ti, se tu já não existe só para mim?


Fôlego

Preciso de falar contigo. Preciso de te dizer o quanto me pisas com tanta presença, mesmo sabendo que é a tua ausência que me magoa. Rompo cada silêncio com um grito porque não quero ter a certeza de que não te consigo ouvir. Não quero ter a certeza de que não estás nem de que o culpado sou eu. Aqui, não há ninguém com quem falar, nem ninguém com quem sentir. Vivo sozinho aquilo que já não devia viver. E falta-me tanto o fôlego quando decido dizer 'BASTA!'! Talvez esteja a ficar maluco, ou já o seja há algum tempo. Ou talvez seja só eu a desesperar agora. É que, ultimamente não tenho respirado.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Feelings

É complicado. É rápido e eu acho que é uma doença.
É uma perfeição. É algo que para que seja bom, nada precisa de ser
acrescentado ou retirado. Mas a sua perfeição é tão imperfeita que se
torna estúpida. É um caminho de pedras que nos magoa, nos fere e nos marca
com graves sinais a todos os níveis. São saudades que choramos e lágrimas que
sentimos. São frases que mesmo sem fazerem sentido, nos conseguem tocar
e por-nos em baixo uma e outra vez. São vontades de agarrar, ouvir e de
sentir a presença da pessoa que nos pegou a doença. Quando irão arranjar protecção
contra isto? Sentimentos são uma praga.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vertical Horizont

He's everything you want
He's everything you need
He's everything inside of you
That you wish you could be
He says all the right things
At exactly the right time
But he means nothing to you
And you don't know why

I am everything you want
I am everything you need
I am everything inside of you
That you wish you could be
I say all the right things
At exactly the right time
But I mean nothing to you and I don't know why
And I don't know why

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pretend

É estranho acordar, olhar para o telemóvel e encontrar a ausência de uma mensagem tua. É estranho dormir sem ti ao meu lado, ver-te perdida nos teus sonhos profundos e sentir a tua mão suada, colada à minha, desde a última vez em que os teus olhos se fecharam e sussurraste para mim palavras que nunca antes tinha sentido. Ainda sinto o perfume que morava na tua pele a aumentar a minha frequência cardíaca quando menos espero. Podia fingir que não mora em mim uma frieza de uma magnitude imensa que me bloqueia todo o tipo de sentimentos que poderia sentir. Fingir que consigo percorrer este caminho cujo os atalhos não são eliminados pelo controlo que não tens sobre mim. Podia fingir que não procuro a tua presença nos sítios em que esquecemos o mundo e nos fundimos sem-nos preocupar-mos com o erro que cometíamos, mais uma vez. Tu podias fingir que eu não existo e podias fingir que as marcas que deixei tatuadas na tua alma já não existem. Podias fingir que estavas bem e que dentro de ti já não há nenhum espaço à espera que eu o preencha. Podias fingir que não existo... Podias. (Ah, tu és perita nisso) 

domingo, 19 de setembro de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Adivinha(-te)

Procuro o dia que me foge na linha desfocada do horizonte, sem saber o que fazer a seguir.
Sinto os grãos de areia secos, que me dificultavam a corrida, a ficarem para trás.
Sinto a fria e húmida sensação a percorrer-me pela pele enquanto corro a ver o céu tornar-se
queimado ao longe. Parece que a dor que preenche este meu buraco decidiu exibir-se no largo azul lá de cima.
É-me familiar. Aquele vermelho-amarelado que quase magoa e queima só de olhar, mas que ao mesmo tempo
fascina e prende a vista. Adivinha a quem se assemelha.

Quase.

Estranho a forma como quase choro por escrever coisas tão simples.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Emancipado.

Esquece, já não (te) escrevo como escrevia. Já não piso o chão duro e poeirento, aquele que me queimava e feria os pés descalços que teimavam em avançar na tua direcção. Já não corro e já não chamo o teu nome, embora o repita inúmeras vezes com a voz que te sussurrava o quanto eras vital. Já não o és e eu fico contente por isso. Embora às vezes sinta que no próximo passo fraquejarei, não permito que esse teu mundo perfeito se funda com o meu novamente. És perfeita demais, mas o paraíso não é para mim.

sábado, 1 de maio de 2010

lágrimas na multidão

Vejo tanta gente em meu redor. Vejo luz e vejo caras desconhecidas a olharem para mim
e a sorrirem. Não interessam. Estás ao meu lado e eu não quero ver mais nada. Vejo-te dançar e
vejo o teu sorriso nos flashes de luz que surgem na escuridão.
Vozes cantam e guitarras dão música lá à frente. Torna-se então o pior momento da noite. As lágrimas
começam a cair sem eu dar por isso, mas mantenho um sorriso falso e forçado. Cometo o erro de me
entregar à música e àquele momento. Digo 'Basta!', mas nem me oiço. Talvez não queira. Beijo-te a face e sem
dizer nada, lançando-te apenas um sorriso, viro-te as costas para me perder na multidão. Olho para trás mas já
não te vejo. Hás vezes, gostava que viesses atrás de mim, abraçar-me e dizer que me amas. Mas sabes que é um erro.
Aprendeste comigo, pois é o erro que cometo tantas e tantas vezes.

Só mais uma viagem

Lá fora, as imagens passam rápido. O barulho dos carris mantém-me acordado e a tua presença, agitado.
Ao meu lado estás tu, com aquele cheiro que me faz chorar de saudades. Também estão os lábios que
já chamaram por mim. (este silêncio dói)
O tempo está contado mas parece não acabar. Sei que me vou despedir de ti mas não da forma que queria.
Sei que será apenas mais um 'Adeus.', e o teu olhar não o negará. Irás virar-me as costas e andarás sem
hesitação, deixando-me sozinho à espera de um outro comboio.
Na estação, vejo e oiço pessoas que se despedem, mas que não sentem a dor que
eu sinto. Tento enxergar-te de novo, mas o tempo contado acabou. Sou confrontado então com o facto
de já não fazer parte da tua vida. E sinto-me cansado, quando vejo que ainda fazes parte da minha.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O tempo e tu.


O mundo roda e o tempo não nos deixa parar.
Ele manda em ti e em mim. Manda em todos nós.
Tudo o que podemos fazer é contrariar a sua vontade
e aproveita-lo, enquanto nos foge pelos dedos.
Os erros... Não vale a pena revive-los. É perda de tempo.
Pensa-los? Põe isso de lado. O que magoa e não sai cá de dentro, é
guardado e fechado nos confins do buraco que sofreste.
Nada muda se pensares apenas no passado. Nada muda se
não te ergueres e lutares. Não por outra pessoa, mas por ti.
O tempo não nos dá algo. O tempo tira(-me) tempo para (te) sentir.
O tempo não nos dá decisões. As decisões temos que as tomar pelo que
sentimos. O tempo afasta-nos. O tempo magoa. O tempo mata-nos. E eu já estou
bem morto.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A culpa é minha, toda minha.

Não estás. O que ficou foi a saudade e a reprovação de todos os erros cometidos.
Corres e eu não te apanho.
Foges, cada vez mais.
Dói-me porque não foste tu que escolheste.
O sofrimento é merecido. Se não estás aqui, a culpa é minha.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu faço-o sozinho, por nós.

Quando olho para trás, vejo e revejo o erro fatal que cometi. Sou humano mas preferia não o
ser, porque dói.
Dói porque não te tenho, nem tenho o sorriso que se rasgava nos teus lábios.
E o que me mata e pisa, é o facto de saber que a culpa é minha.
Mudei quem eras e mudei quem eu era.
Agora, espero pelo regresso que sei que não haverá.
Para ti, já não existo. E então, sozinho, rodeado por aquilo que era nosso, relembro-nos.
Por ti, e por mim.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mexes-te, corres e olhas-me ao longe
sorris quando não estou e quando estou é o que me escondes.
Roubas-me um sorriso, tens o que era meu
sem ti não me guio nem pelas estrelas no céu.
E quando me vejo bem, reforças o pensamento
e saber que não te tenho arruína-me o momento.
São ruínas de um amor que desabam uma vez
volto a ergue-las e desabas-as outra vez.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sorriso.


Estou preso. Preso às memórias que só eu as lembro. Tu, estás longe.
De mim, não te lembras. Devias saber a dor que me rói porque as saudades
de sorrir contigo não me deixam. Devias lembrar-me. Sinto-me esquecido
como um livro com poeira que não deixa ver a capa.
Sinto falta do rasgar dos lábios que foram/são teus. Sinto falta
que me leias. Levaste-me o propósito e as razões de procurar folgo entre
os teus beijos, para ser capaz de dizer que te amo.
Sinto (a tua) falta. Este sorriso... Levaste-o contigo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

(Não) vale a pena.

E tudo o que pensava fazer sentido deixa de fazer, quando nem as saudades têm força
para te trazer de volta aos meus braços.
Vazio, agarro a alternativa que existiria, se não me tivesses dito que nada do que já
fomos, vale a pena.

O meu filme não é dos bons

Os filmes têm sempre um final esperado que deixa um sorriso nos lábios dos espectadores.
Há os filmes bons e os filmes maus.
Os filmes bons são esses mesmos, em que duas pessoas ultrapassam imensos obstáculos e, no final, acabam com o sorriso igual ao dos espectadores.
Dos filmes maus, não há muito a dizer.
São aqueles que se assemelham à realidade.
É por isso que as pessoas quando acabam de os ver, soltam lágrimas por entre os soluços baixos.
Eu sou um espectador e o meu filme não é dos bons.
As duas pessoas no ecrã sabem isso. Duas pessoas que deveriam pertencer eternamente uma à outra, como as nuvens pertencem ao céu.
As correntes que as prendiam foram ofendidas e, por consequência, ela fugiu dele sem olhar para trás.
As saudades dele perduram no peito onde o nome feminino se destaca, tatuado em cada poro que anseia pelo toque tanto conhecido outrora.
Enquanto ela corre, tudo o que ele lhe deu cai sobre o chão molhado. Todos os fragmentos de um história, ali, espalhados pelo chão, nus e desprotegidos.
Ele corre, e corre, e corre... Mas o peso de tudo o que colhe e que não deveria ser ele a carregar, impedem-no ferozmente de alcançar quem com ele um dia caminhou, sem pressas, a seu lado.

Não quero.

Dói-me cada pedaço de mim. Cada minuto prolongado é preenchido por
mil e um pensamentos sobre ti. Tudo me suga o que de bom ainda resta. É escasso
mas mesmo assim teimam em tira-lo de mim. Arrancam-no e mexem na ferida. Arde-me
e sinto que não aguento. Talvez não queira aguentar.
Ser forte significa esquecer-te e ultrapassar-te. Não quero. Pois, mesmo que a única forma de te sentir seja através desta dor, não perderei isso.
Já te perdi. O que resta, quero que fique, como gostava que tivesses ficado.

(...) e dói, e dói, e dói...

Enquanto o dia nasce o meu sorriso morre. Sim, ainda consigo sorrir... Ainda.
Sorrio enquanto durmo porque, tenho-te em sonhos.
Acordo pelo frio que vagueia e se aconchega no teu lugar vazio, debaixo dos lençóis.
O incómodo que é estar sob uma almofada encharcada de uma dor salgada e liquida, lembra-me que
a cabeça dói e os olhos sensíveis à luz ardem.
Fecho-os, mas em seguida o veneno corre pelas veias em direcção
a algo a que chamam alma. Sinto-a cá dentro. Sinto-a em cada pedaço que se
desfaz no sítio que deixaste vazio dentro de mim, no lado esquerdo do peito.
Dói-me os pés por caminhar nesta calçada que ferve ao longo deste caminho em que vagueio que me
corta a respiração, tira-me o folgo, enquanto tento enxergar-te e chamar pelo teu nome.
O tempo vai correndo a teu lado e, ambos fogem de mim. Uma força superior prolonga os minutos enquanto
me vê a sofrer. Parece que gosta da minha dor. Eu gosto, às vezes. Quando nada me empolga ou
me faz sentir, a tua imagem ataca todos os meus sentidos.
Este é um ciclo vicioso no qual estou encaixado como a peça
fundamental do puzzle. Eu lembro-te e dói, e dói, e dói...