domingo, 21 de fevereiro de 2010

A culpa é minha, toda minha.

Não estás. O que ficou foi a saudade e a reprovação de todos os erros cometidos.
Corres e eu não te apanho.
Foges, cada vez mais.
Dói-me porque não foste tu que escolheste.
O sofrimento é merecido. Se não estás aqui, a culpa é minha.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu faço-o sozinho, por nós.

Quando olho para trás, vejo e revejo o erro fatal que cometi. Sou humano mas preferia não o
ser, porque dói.
Dói porque não te tenho, nem tenho o sorriso que se rasgava nos teus lábios.
E o que me mata e pisa, é o facto de saber que a culpa é minha.
Mudei quem eras e mudei quem eu era.
Agora, espero pelo regresso que sei que não haverá.
Para ti, já não existo. E então, sozinho, rodeado por aquilo que era nosso, relembro-nos.
Por ti, e por mim.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mexes-te, corres e olhas-me ao longe
sorris quando não estou e quando estou é o que me escondes.
Roubas-me um sorriso, tens o que era meu
sem ti não me guio nem pelas estrelas no céu.
E quando me vejo bem, reforças o pensamento
e saber que não te tenho arruína-me o momento.
São ruínas de um amor que desabam uma vez
volto a ergue-las e desabas-as outra vez.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sorriso.


Estou preso. Preso às memórias que só eu as lembro. Tu, estás longe.
De mim, não te lembras. Devias saber a dor que me rói porque as saudades
de sorrir contigo não me deixam. Devias lembrar-me. Sinto-me esquecido
como um livro com poeira que não deixa ver a capa.
Sinto falta do rasgar dos lábios que foram/são teus. Sinto falta
que me leias. Levaste-me o propósito e as razões de procurar folgo entre
os teus beijos, para ser capaz de dizer que te amo.
Sinto (a tua) falta. Este sorriso... Levaste-o contigo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

(Não) vale a pena.

E tudo o que pensava fazer sentido deixa de fazer, quando nem as saudades têm força
para te trazer de volta aos meus braços.
Vazio, agarro a alternativa que existiria, se não me tivesses dito que nada do que já
fomos, vale a pena.

O meu filme não é dos bons

Os filmes têm sempre um final esperado que deixa um sorriso nos lábios dos espectadores.
Há os filmes bons e os filmes maus.
Os filmes bons são esses mesmos, em que duas pessoas ultrapassam imensos obstáculos e, no final, acabam com o sorriso igual ao dos espectadores.
Dos filmes maus, não há muito a dizer.
São aqueles que se assemelham à realidade.
É por isso que as pessoas quando acabam de os ver, soltam lágrimas por entre os soluços baixos.
Eu sou um espectador e o meu filme não é dos bons.
As duas pessoas no ecrã sabem isso. Duas pessoas que deveriam pertencer eternamente uma à outra, como as nuvens pertencem ao céu.
As correntes que as prendiam foram ofendidas e, por consequência, ela fugiu dele sem olhar para trás.
As saudades dele perduram no peito onde o nome feminino se destaca, tatuado em cada poro que anseia pelo toque tanto conhecido outrora.
Enquanto ela corre, tudo o que ele lhe deu cai sobre o chão molhado. Todos os fragmentos de um história, ali, espalhados pelo chão, nus e desprotegidos.
Ele corre, e corre, e corre... Mas o peso de tudo o que colhe e que não deveria ser ele a carregar, impedem-no ferozmente de alcançar quem com ele um dia caminhou, sem pressas, a seu lado.

Não quero.

Dói-me cada pedaço de mim. Cada minuto prolongado é preenchido por
mil e um pensamentos sobre ti. Tudo me suga o que de bom ainda resta. É escasso
mas mesmo assim teimam em tira-lo de mim. Arrancam-no e mexem na ferida. Arde-me
e sinto que não aguento. Talvez não queira aguentar.
Ser forte significa esquecer-te e ultrapassar-te. Não quero. Pois, mesmo que a única forma de te sentir seja através desta dor, não perderei isso.
Já te perdi. O que resta, quero que fique, como gostava que tivesses ficado.

(...) e dói, e dói, e dói...

Enquanto o dia nasce o meu sorriso morre. Sim, ainda consigo sorrir... Ainda.
Sorrio enquanto durmo porque, tenho-te em sonhos.
Acordo pelo frio que vagueia e se aconchega no teu lugar vazio, debaixo dos lençóis.
O incómodo que é estar sob uma almofada encharcada de uma dor salgada e liquida, lembra-me que
a cabeça dói e os olhos sensíveis à luz ardem.
Fecho-os, mas em seguida o veneno corre pelas veias em direcção
a algo a que chamam alma. Sinto-a cá dentro. Sinto-a em cada pedaço que se
desfaz no sítio que deixaste vazio dentro de mim, no lado esquerdo do peito.
Dói-me os pés por caminhar nesta calçada que ferve ao longo deste caminho em que vagueio que me
corta a respiração, tira-me o folgo, enquanto tento enxergar-te e chamar pelo teu nome.
O tempo vai correndo a teu lado e, ambos fogem de mim. Uma força superior prolonga os minutos enquanto
me vê a sofrer. Parece que gosta da minha dor. Eu gosto, às vezes. Quando nada me empolga ou
me faz sentir, a tua imagem ataca todos os meus sentidos.
Este é um ciclo vicioso no qual estou encaixado como a peça
fundamental do puzzle. Eu lembro-te e dói, e dói, e dói...