quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Perguntas (?)

Detesto olhar para esta página e ainda vê-la em branco. Como é possível ser
tão difícil escrever enquanto tenho tanto para dizer?
Mas, que posso eu dizer? O mesmo de sempre? O mesmo que acontece vezes
sem conta? Digo que o ardor no meu peito corta-me a respiração e que
os gritos que solto, mesmo sem fôlego, são o teu nome? Digo que este caminho está
tão despedaçado e perigoso por já não caminhares comigo? Que, com tantas coisas nas quais
poderia pensar, és apenas tu quem aparece vezes e vezes sem conta na minha cabeça?
Raios. Após tanto tempo, pergunto-me: Qual a razão pela qual escrevo? Se o que escrevo é dirigido
a ti e sei, com todas as certezas, que será mais uma das coisas que não leste?
Porque razão devo repetir tudo de novo se serão apenas palavras jogadas ao ar?
Qual o motivo de existir só para ti, se tu já não existe só para mim?


Fôlego

Preciso de falar contigo. Preciso de te dizer o quanto me pisas com tanta presença, mesmo sabendo que é a tua ausência que me magoa. Rompo cada silêncio com um grito porque não quero ter a certeza de que não te consigo ouvir. Não quero ter a certeza de que não estás nem de que o culpado sou eu. Aqui, não há ninguém com quem falar, nem ninguém com quem sentir. Vivo sozinho aquilo que já não devia viver. E falta-me tanto o fôlego quando decido dizer 'BASTA!'! Talvez esteja a ficar maluco, ou já o seja há algum tempo. Ou talvez seja só eu a desesperar agora. É que, ultimamente não tenho respirado.